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Como a tecnologia pode melhorar o transporte público

 Cidades do Brasil e do mundo adotam alternativas inovadoras para tornar o transporte mais eficiente para a população

O transporte público é fundamental para o bom funcionamento de uma cidade. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que um em cada quatro brasileiros utiliza ônibus para as atividades cotidianas, como ir ao trabalho ou à escola. Sistemas de transporte como metrô e trens urbanos viram o número de passageiros aumentar 38% no país, entre 2012 e 2015, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

Na maioria das cidades brasileiras, no entanto, os usuários de transporte público não se mostram satisfeitos com a qualidade dos serviços oferecidos. Os principais problemas enfrentados estão relacionados ao tempo gasto com os deslocamentos, às filas e ao preço da passagem. Na pesquisa da CNI, 32% dos usuários consideraram o transporte público ruim ou péssimo, e apenas 24% avaliaram como bom ou ótimo.

Mas esse cenário pode melhorar. Já existem novas tecnologias em uso no Brasil e no mundo que prometem minimizar os principais problemas enfrentados pelos usuários e tornar o transporte mais eficiente. Entre essas tecnologias estão os meios eletrônicos de pagamento, que podem gerar agilidade e diminuição das filas.

“Há uma tendência de crescimento dos meios eletrônicos como forma de pagamento”, afirma o professor Pedro Vartanian, do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica. “Do ponto de vista da comodidade, eles são benéficos para todos.” Esse tipo de pagamento já é utilizado como alternativa às passagens, o que aumenta a segurança das transações, que deixam de ser feitas com dinheiro vivo.

Em vários países, meios eletrônicos de pagamento já fazem parte do dia a dia dos usuários do transporte público, como a utilização de cartões de crédito e débito para o pagamento de passagens na hora do embarque, sem a necessidade de passar pela bilheteria. Também começa a se popularizar o pagamento por meio de smartphones, com uso de aplicativos de carteiras digitais, como o Samsung Pay.

Um sistema que usa meios eletrônicos de pagamento está em fase de testes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e na região metropolitana de Curitiba. O objetivo é substituir o dinheiro que circula nas estações e nos veículos pela utilização de cartões e celular. Além da segurança, a intenção é também aumentar a eficiência da logística do setor de transportes, que deixaria de lidar com notas e moedas. Depois da fase de testes, a expectativa é que a tecnologia de pagamento sem contato em ônibus, trens e metrô seja levada para as principais capitais do país até o fim de 2017.

Em Londres, os moradores utilizam um bilhete eletrônico, em formato de cartão, para o pagamento das passagens, solução também adotada pelos sistemas de metrô e trens de São Paulo, com o chamado Bilhete Único. E, para atender os cerca de 19 milhões de turistas que passam pela capital inglesa por ano, a solução para simplificar o acesso ao transporte foi a adoção de sistemas de pagamento com cartões de crédito e débito que usam a tecnologia sem contato. Assim, o valor da passagem é debitado apenas com a aproximação do cartão no terminal validador, sem a necessidade de digitar senhas ou realizar cadastros. “No futuro, é provável que boa parte dos pagamentos seja feita por esse método, pela comodidade que gera”, afirma o professor Vartanian.

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