Pular para o conteúdo principal

Princípios para a Gestão dos Desafios da Segurança da Aviação



A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) convocou a indústria e os governos a trabalharem juntos numa parceria ainda mais forte no fornecimento de soluções duráveis para os desafios de segurança da aviação. Esses esforços, que deverão se basear em princípios tidos em comum, incluem tais áreas como voos sobre zonas de conflito, segurança em terra nos aeroportos, ameaças internas, segurança cibernética, harmonização das exigências do registro de identificação dos passageiros (PNR – passenger name record) e das informações antecipadas sobre os passageiros (API – advance passenger information) e pontos de controle aeroportuário.
“A aviação é o ‘negócio da liberdade – um catalisador para o desenvolvimento social e econômico que melhora as vidas das pessoas. Paradoxalmente, o bem que a aviação faz, também a faz de alvo do terrorismo. Não há entidade que sabe todas as respostas. Por isso, as parcerias são essenciais para É por isso que as parcerias são essenciais para enfrentar nossos maiores desafios de segurança com a velocidade necessária para fica a um passo na frente daqueles que fariam mal a nossa indústria. Esses esforços deverão manter o foco em quatro princípios comuns: medidas baseadas em riscos, a implantação de normas globais, capacitação para apoiar o reconhecimento mútuo das normas e o compartilhamento de informações entre os governos e com a indústria”, diz Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA.
Os comentários feitos por De Juniac foram proferidos numa palestra de abertura para a 25ª Conferência Mundial da AVSEC (Segurança na Aviação), na última terça-feira, em Kuala Lumpur, na Malásia. A Malaysia Airlines é anfitriã da AVSEC World, apresentada em conjunto com a com IATA e numa parceria com a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e o Conselho Internacional de Aeroportos (ACI).

Princípios e Velocidade

Foram elaborados quatro princípios para orientar os esforços cooperativos de segurança dos governos e da indústria:
• Medidas baseadas no risco para garantir que os recursos limitados sejam aplicados onde as ameaças são maiores;
• Compartilhamento de informações entre os governos e com a indústria para possibilitar avaliações eficazes do risco;
• A implantação de normas globais nos sistemas de segurança no mundo todo para apoiar a colaboração eficaz entre todas as partes em todos os locais.
• Capacitação em apoio ao reconhecimento mútuo das normas para aprimorar eficácia e eficiência.
De Juniac também enfatizou a necessidade de velocidade em manter a segurança da indústria. “Uma resposta veloz é essencial. As ameaças surgem rapidamente. E evolvem com alacridade. Os quatro princípios irão nos ajudar a lidar com as ameaças e os desafios que enfrentamos, mas somente quando somos rápidos na resposta”, disse de Juniac.

Aplicando os Princípios aos nossos Principais Desafios

A IATA identificou seis áreas prioritárias para lidar com os desafios à segurança:
Zonas de conflito: Informações oportunas e precisas são necessárias para dar apoio a avaliações de risco quando voando sobre zonas de conflito. “Um repositório de informações da ICAO sobre zonas conflito foi um passo inicial. Mas isso não é solução. Precisamos evoluir para um sistema que consegue funcionar continuamente com um fluxo livre e rápido de informações úteis. Compartilhar informações não é meramente uma questão de zonas de conflito. Se um governo possui qualquer informação sobre um risco para as operações de uma empresa aérea, compartilhar isso com a empresa poderia poupar vidas. Existe uma responsabilidade de fazer essa informação chegar à aérea por meios rápidos e eficazes”, disse de Juniac.
Segurança em terra nos aeroportos: Os recentes ataques nos aeroportos de Bruxelas e de Istambul nos alertaram sobre essa vulnerabilidade. As autoridades locais precisam utilizar de inteligência para manter os terroristas longe dos aeroportos e para manter as áreas públicas livres de ameaças. Ao mesmo tempo, a indústria está trabalhando com soluções para reduzir o risco ao processar os passageiros mais rapidamente.
Ameaças internas: “Com oito milhões de pessoas empregadas pelo transporte aéreo, a ameaça interna representa um desafio real. Um sistema perfeito para a verificação do histórico de pessoas ainda não foi inventado. Portanto, uma análise de inteligência – oriundo dos governos – é a nossa ferramenta mais potente para a identificação de ameaças, especialmente da parte dos radicalizados”, disse de Juniac.
Segurança cibernética: Precisamos de camadas ágeis de proteção – uma cultura de segurança – e capacidades avançadas de detecção. Tudo isso deverá ser movido por inteligência e pelo compartilhamento de informações. A cooperação com os governos e no meio da indústria é essencial.
Harmonização das exigências de informações API e PNR: As empresas aéreas contribuem para o corpo de inteligência através da coleta e provisão de informações API e PNR. Normas globais existem para a coleta e provisão dessas informações. Elas são mantidas pela IATA, a Organização Mundial das Alfândegas e a ICAO. “Apesar das normas globais para API e PNR, ainda existem exceções em demasia sobre quais os dados que devem ser coletados e como deve ser transmitidos aos governos. A complexidade não nos faz mais seguros.
Aliás, isso podia causar riscos. A situação já está difícil o bastante. E poderia ficar muito pior. Já existe um impasse nas exigências de privacidade do PNR e de dados europeus que põe as empresas aéreas numa situação difícil. Além disso, não há um acordo geral internacional que define as obrigações no manuseio dessas informações”, disse de Juniac.
Pontos de controle aeroportuário: Os pontos de controle nos aeroportos precisam ser tanto eficazes como convenientes – que é o alvo do iniciativo conjunto da Segurança Inteligente da IATA-ACI. “Os processos já melhoraram, mas ainda podem ser inconvenientes e ate intrusivos. A Segurança Inteligente está ajudando com uma presença crescente nos aeroportos. Mas precisamos ver um progresso muito mais rápido”, disse de Juniac.

Ameaças Reais

“A segurança é fundamentalmente a responsabilidade do governo. Mas fazer com que voar seja ainda mais seguro está no DNA de todos os stakeholders do transporte aéreo. Os governos e a indústria estão trabalhando juntos para fortalecer as nossas defesas com soluções integradas, face à evolução das ameaças contra a segurança”, disse de Juniac.
Em setembro, uma Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas notou que “grupos terroristas estão ativamente procurando meios de derrotar ou burlar a segurança da aviação.” A resolução afirmou que “todos os Estados têm a responsabilidade de proteger a segurança dos cidadãos nacionais e internacionais contra ataques de terroristas contra os serviços aéreos operando dentro de seus territórios.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nova solução da DHL eCommerce poderá impulsionar comércio eletrônico no Chile

A DHL Supply Chain, empresa líder mundial em distribuição e armazenagem, lança no Brasil seu primeiro Centro Multicliente de Packaging (embalamento secundário). Também conhecido como copacker, o embalamento secundário consiste na produção de uma embalagem suplementar de um produto, conjunto de produtos, com ou sem brindes, para fins promocionais ou de comunicação de forma geral. O Centro, o primeiro da DHL no Brasil com capacidade de atender vários clientes de diferentes mercados, irá desenvolver kits, fazer a prototipagem, gerenciar os itens envolvidos, montar, acondicionar em caixas e pallets para armazenagem e distribuição. Linhas de produção Inicialmente, são 7 linhas de produção com a capacidade de montar até 3 milhões de kits por mês, com flexibilidade para expansão no curto prazo. O Centro Multicliente de Packaging está localizado em Guarulhos, próximo ao Aeroporto Internacional, com uma área dedicada de 3,8 mil m², infraestrutura completa e capacidade de até 2,5 mil

41 concursos públicos pagam salários de até R$ 28,9 mil

São Paulo - Para quem quer seguir carreira pública, veja os concursos públicos com inscrições abertas. As oportunidades profissionais estão espalhadas por todas as regiões do país. Exército Há 67 vagas para o curso de formação de oficiais do quadro complementar e para o estágio de instrução e adaptação para o ingresso no quadro de capelães militares. Todas as oportunidades exigem nível superior. Para os curso de formação de oficiais há vagas para as áreas de administração, assistência social, ciências contábeis, direito, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, informática, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e veterinária. Nesses casos, é preciso ter formação na área correspondente, ter no máximo 36 anos até 31 de dezembro do ano da matrícula e altura mínima de 1,60 m para homens e de 1,55 m para mulheres. Para as vagas de capelães militares, há 3 oportunidades para sacerdote católico e uma para pastos evangélico. Podem participar da seleção, candidatos com idades entre

Qual a melhor opção para as transportadoras: lucro presumido ou simples nacional

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA TRIBUTAÇÃO LUCRO PRESUMIDO X SIMPLES NACIONAL O segmento do transporte rodoviário de carga esteve sempre numa condição diferenciada no que se refere a tributação e, o maior exemplo disto é a tributação pelo Lucro Presumido. Beneficiada com a mesma apuração do Lucro previsto para a indústria e o comércio quando estas são tributadas sobre 8% do seu faturamento, ao contrário do transporte rodoviário de passageiros que tem alíquota de 16%. Quanto à tributação pelo SIMPLES NACIONAL sempre foi discutível se seria vantajoso ou não optar por esta condição considerando que a Tabela III a qual está inserida não apresenta muitos benefícios pelas faixas de tributação. Com o advento da desoneração da folha (01/2014) praticamente a opção do SIMPLES NACIONAL se tornou inviável pois, somando todos impostos e contribuições do Lucro Presumido a tributação por este sistema é efetivamente mais favorável ao transportador. Lembramos que exis