Em meio à crise econômica, alternativas para
garantir o capital das empresas de diversos portes têm sido cada vez
mais exploradas, partindo de cortes dos benefícios até a redução do
quadro de colaboradores. Nesse sentido, a Bain & Company considera
fundamental analisar a gestão de suprimentos, principalmente, por seu
potencial de ganhos e consequente permanência no mercado. Ao promover a
evolução do setor, companhias conseguem economizar, pelo menos, 10% do
seu faturamento total, porcentagem que, na prática, pode se traduzir em
lucros de milhões de dólares, quando se trata de multinacionais, como
Rio Tinto e LG.
De acordo com a consultoria, a gestão de suprimentos engloba políticas de gastos, decisões de compra, Supply Chain
e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), e todas são passíveis de
melhoria. A Bain & Company ainda foi além e entrevistou 60
executivos de diversas indústrias, para entender o que eles achavam
dessa área nas companhias em que atuam, e 85% deles acreditam que faltam
boas práticas, na gestão de suprimentos. O resultado é alarmante, visto
que, em média, esse âmbito representa mais de 43% do faturamento total
de uma empresa.
Para mudar esse cenário, a consultoria afirma que é necessário haver
comprometimento de todas as áreas da empresa, desde os executivos
C-level até os responsáveis pela operação, que devem estar alinhados,
por meio de processos e ferramentas. Diante disso, a Bain & Company
elaborou um programa de seis passos, chamado “gestão de suprimentos de
quarta geração”, que consiste em:
- Organização: Global, regional e local de gestão de suprimentos;
- Processos: Estabelecimento de processos uniformizados para o relacionamento com possíveis parceiros;
- Ferramentas e sistemas: Que permitam o gerenciamento de dados e análises, além de relatórios específicos;
- Efetividade financeira: Responsabilidades financeiras definidas em categorias de negócios, baseadas no orçamento e na transparência dos gastos totais;
- Gerenciamento de talentos: Plano de carreira atrativo, com treinamento e desenvolvimento;
- Entrega de resultados: Gerenciamento de risco constante.
- Processos: Estabelecimento de processos uniformizados para o relacionamento com possíveis parceiros;
- Ferramentas e sistemas: Que permitam o gerenciamento de dados e análises, além de relatórios específicos;
- Efetividade financeira: Responsabilidades financeiras definidas em categorias de negócios, baseadas no orçamento e na transparência dos gastos totais;
- Gerenciamento de talentos: Plano de carreira atrativo, com treinamento e desenvolvimento;
- Entrega de resultados: Gerenciamento de risco constante.
“Para que as companhias atinjam esse objetivo, é necessário que
deixem de lado a postura de simples compradores de produtos, que mantêm
as operações ativas, e se tornem líderes globais e ‘integradores de toda
a cadeia de valor’, que realizam aquisições estratégicas, com
gerenciamento maduro e unificado dentro da organização”, destaca o
estudo.
Grandes empresas já puseram em prática a metodologia e, recentemente,
tiveram ganhos significativos. A LG conseguiu reduzir os seus custos
totais com a gestão de suprimentos em US$ 6 bilhões e a Rio Tinto
alcançou a marca de US$ 5 bilhões. Além delas, outras multinacionais,
como Cisco, Ford, Phillips e Dow, também já adotaram a metodologia.
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