Acrimat em Ação visitou 30 municípios de Mato Grosso para ouvir dos pecuaristas quais os principais problemas da atividade
Burocracias para concessão de licenças ambientais, falhas logísticas do
Estado e o alto preço do milho foram os principais problemas apontados
pelos pecuaristas mato-grossenses durante evento promovido pela
Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). O Acrimat em Ação se
encerrou na quinta-feira, 26, após viajar por 30 municípios do Estado,
promovendo palestras e bate-papos com criadores. A expedição teve início
no dia 15 de março e contou com um total de 5.400 participantes.
"Tivemos uma amostra muito representativa (do perfil dos pecuaristas) do Estado", disse o presidente da Acrimat, Chico Manzi. "Ouvimos bastante, por exemplo, sobre questões relacionadas ao meio ambiente. Os criadores pedem, por exemplo, menos burocracia na concessão de licenças ambientais", afirmou.
Em Mato Grosso, para propriedades rurais se legalizarem é preciso o cumprimento de uma série de requisitos, como preenchimento de Cadastro Ambiental Rural (CAR) que não esteja sobreposto com terras indígenas, unidades de conservação do grupo de proteção integral e de uso sustentável das categorias Resex (Reserva Extrativista) e RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável), entre outros detalhes.
Outra demanda diz respeito às condições das estradas para o escoamento da produção e melhoras na logística. Em relação ao transporte de gado, por exemplo, Manzi cita que no Brasil os bois gordos chegam a perder entre 900 gramas até 15 quilos de carcaça/animal em translados inadequados. A perda é decorrente de hematomas e outros ferimentos nos bovinos ocorridos durante o transporte por estradas esburacadas e com uma série de obstáculos. Carne com hematoma é descartada pelo frigorífico, explica Manzi.
"Tivemos uma amostra muito representativa (do perfil dos pecuaristas) do Estado", disse o presidente da Acrimat, Chico Manzi. "Ouvimos bastante, por exemplo, sobre questões relacionadas ao meio ambiente. Os criadores pedem, por exemplo, menos burocracia na concessão de licenças ambientais", afirmou.
Em Mato Grosso, para propriedades rurais se legalizarem é preciso o cumprimento de uma série de requisitos, como preenchimento de Cadastro Ambiental Rural (CAR) que não esteja sobreposto com terras indígenas, unidades de conservação do grupo de proteção integral e de uso sustentável das categorias Resex (Reserva Extrativista) e RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável), entre outros detalhes.
Outra demanda diz respeito às condições das estradas para o escoamento da produção e melhoras na logística. Em relação ao transporte de gado, por exemplo, Manzi cita que no Brasil os bois gordos chegam a perder entre 900 gramas até 15 quilos de carcaça/animal em translados inadequados. A perda é decorrente de hematomas e outros ferimentos nos bovinos ocorridos durante o transporte por estradas esburacadas e com uma série de obstáculos. Carne com hematoma é descartada pelo frigorífico, explica Manzi.
O dirigente afirmou ainda que a tendência para este ano é que o número
de cabeças confinadas seja menor do que no ano passado, principalmente
por causa do preço do milho, que é o principal insumo usado na
atividade.
"As diárias de boitel estão em média 30% acima das do ano passado e o
preço da arroba não acompanhou esta alta", afirmou ele, referindo-se a
instalações terceirizadas destinadas exclusivamente à engorda de animais
no período de entressafra. "É de se esperar que tenhamos um número bem
menor (de animais engordados no cocho)", disse.
O tema deste ano do Acrimat em Ação foi "Intensificação Racional na
Produção de Bovinos de Corte", escolhido após pesquisa feita em 2015.
"Averiguamos no ano passado que 83% dos entrevistados haviam feito algum
tipo de investimento em sua propriedade nos últimos três anos", disse.
A principal mudança registrada havia sido no manejo de pastagens.
Pecuaristas tiveram problemas com morte de pastagens de braquiária,
atingidas por uma doença, e precisaram buscar alternativas.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
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