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Codesp amplia capacidade do Porto de Santos para a safra 2016



A capacidade de recebimento de caminhões foi ampliada de 12 mil para até 14 mil por dia, dentro do programa de agendamento de veículos voltado a evitar filas no período de escoamento da safra, disse o diretor de operações logísticas da Codesp, Cleveland Lofrano. A medida, adotada para dar conta do maior número de caminhões com grãos da safra 2015/16 previstos para chegar ao Porto ao longo do ano, é resultado de obras viárias e mudanças no sistema de recepção de veículos.
“Conseguimos diminuir o intervalo de atendimento entre um caminhão e outro e, com isso, criamos quase 2 mil janelas diárias a mais. Isso significa que, em cada janela de seis horas destinada à recepção dos veículos, poderão ser recepcionados 500 caminhões a mais”, afirmou Lofrano.
Codesp conseguiu reduzir a janela de atendimento aos caminhões, podendo receber mais veículos
A Codesp realizou nesta semana o fórum Operação Safra 2016 para apresentar as ações previstas para o escoamento da safra pelo Porto de Santos neste ano. O evento reuniu representantes dos ministérios da Agricultura e dos Transportes, de entidades federais, estaduais e municipais, concessionários rodoviários, ferroviários e hidroviários, associações, sindicatos, embarcadores, armadores e terminais portuários, que apresentaram suas atribuições durante o período de escoamento da safra, deste mês a agosto.
Na ocasião, o ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), Helder Barbalho, pretendia assinar o contrato entre a pasta e a EEL Infraestrutura para dragagem do canal de navegação do Porto. Mas a falta de um certificado da empresa acabou adiando o ato. O diretor presidente da Codesp, Alex Oliva, assinou dois convênios, voltados à fiscalização do trânsito nas vias portuárias, pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da Prefeitura de Santos, e à segurança das instalações do complexo marítimo e de sua área de fundeio, pela Polícia Federal.
Se no ano passado, Santos recebeu aproximadamente 660 mil caminhões carregados com grãos, para 2016 estão previstos em torno de 800 mil veículos, segundo Lofrano. Dentre as ações concluídas em 2015 e que vão viabilizar a recepção de um número maior de caminhões, ele destacou melhorias no acesso ao porto pelo anel viário de Cubatão, a ampliação de faixas na rodovia Cônego Domênico Rangoni e mudanças no gerenciamento dos pátios do Porto.
De acordo com Lofrano, o programa de agendamento de caminhões eliminou as filas no complexo e estas se formam apenas quando ocorre algum acidente, já que neste caso os caminhões não conseguem chegar ao cais no horário agendado.
Em relação aos acessos aquaviários, o diretor de Logística da Codesp informou que a profundidade necessária para que os navios atraquem será mantida, garantindo que os contratos já firmados sejam cumpridos. A dragagem no Porto, conforme o executivo, precisa ser realizada constantemente mas, no fim do ano, o contrato com a empresa responsável pela atividade nos berços de atracação havia se encerrado e os preços das novas propostas apresentadas estavam acima do valor anterior. Um novo processo de licitação foi realizado no curto prazo, de acordo com o diretor da Codesp, garantindo que a dragagem seja feita em tempo hábil.
A capacidade de armazenagem dos terminais privados destinados a grãos, hoje de aproximadamente 2 milhões de toneladas, não aumentou em relação ao ano passado, de acordo com o executivo. “Deve aumentar a partir de agora. Com as licitações realizadas no fim do ano, as empresas ganhadoras devem ampliar sua estrutura”, afirmou Lofrano.
Atualmente, o Porto de Santos não tem instalação própria para escoamento de grãos, de acordo com o executivo, e a exportação é feita apenas nos terminais arrendados pela iniciativa privada.
Lofrano afirmou também que o tempo médio de espera dos navios para atracar está “dentro de padrões razoáveis e não há nenhum gargalo ou fila de navios para exportação”. “Temos feito reuniões diárias sobre a atracação dos navios, com a equipe de Praticagem (serviço de auxílio às embarcações para atracarem nos portos), tentando reduzir cada vez mais o tempo de espera dos navios”, complementou.

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