São Paulo – As redes sociais mudaram a forma como nos comunicamos com nossos amigos ou lemos conteúdo na internet. Por que não mudariam a forma de fazer negócio? De acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com, fazer bom uso de ferramentas como Facebook e Whatsapp pode ajudá-lo a divulgar sua marca, se comunicar com seu cliente e, é claro, vender mais.
“Começam a surgir finalmente as respostas de por que essas redes valem tanto. No momento em que os negócios e as redes sociais se encontram, cria-se o mundo do ‘ponto virtual’. Imagine um ponto comercial como o Whatsapp, por onde passam milhões de pessoas só no Brasil”, analisa Valter Pieracciani, especialista em gestão da inovação.
Para se beneficiar de todo esse potencial, é preciso saber usar as redes.
Facebook
No Facebook, o primeiro passo é conhecer o seu público alvo e se comunicar com ele. Lá estão as pessoas que já compram de você e os seus potenciais clientes. Vale criar promoções, divulgar novos produtos e fazer enquetes sobre ideias em gestação.
“Aproveite a força do Facebook para melhorar seus produtos e serviços. Você pode fazer pesquisas ou pedir sugestões de cores para um produto”, aponta Mônica Lobenschuss, diretora da rede de franquias de mídias sociais Social Lounge.
Outro ponto é saber dosar o número de postagens. Não publique demais, para não cansar o cliente, mas também não vale postar só uma vez por semana. “Precisa postar todos os dias, na dose certa, entre um e três posts por dia”, afirma Mônica.
É importante ainda diversificar o conteúdo, explica. “Tente descobrir os hábitos e preferências do seu público. A partir daí, publique conteúdos que vão gerar engajamento. Por exemplo: se seu público é mais família, fale de crianças”, aconselha Mônica. Em resumo, a dica é não falar somente dos seus produtos.
As ferramentas do Facebook também devem ser exploradas. Impulsionar um post ou fazer um anúncio fica relativamente barato na rede social. É possível ainda direcionar seu conteúdo para um público específico, selecionado de acordo com a idade e o sexo, por exemplo.
Whatsapp
Já o Whatsapp permite um contato bastante pessoal com o seu cliente. “Quando o cliente te dá acesso ao Whatsapp, você já conquistou a confiança dele. E aí é preciso tomar cuidado para não ser invasivo”, aconselha Carlos Cruz, diretor do IBVendas.
Tomando esse cuidado, a ferramenta pode ser poderosa. Na empresa The Upper, o aplicativo de mensagens é o principal meio de comunicação com o cliente. A empresa presta um serviço de secretária online, que ajuda o cliente a resolver questões do dia a dia, como contratar um encanador, comprar um presente ou agendar passagens aéreas.
“O Whatsapp é a nossa principal ferramenta de atendimento. Ao mesmo tempo em que app dá um caráter humanizado para o contato, ele permite flexibilidade e privacidade ao cliente, que pode responder quando estiver mais diponível”, conta o diretor administrativo da empresa, Arthur Sales.
Além da praticidade, o aplicativo torna a operação da empresa mais barata. “Se eu precisasse montar uma central de atendimento para fazer a comunicação verbal, precisaria de no mínimo dez pessoas. Isso poderia inviabilizar o meu negócio”, afirma Sales.
O aplicativo também pode ser usado para divulgar novos produtos a uma rede já cativa de clientes, sempre lembrando que não é permitido exagerar. Negócios ligados a moda e acessórios, por exemplo, podem ativar o cliente quando houver alguma novidade ou promoção, sugere Mônica Lobenschuss, da Social Louge.
Como se destacar?
Mas, afinal, por que o seu cliente deve ler o seu conteúdo nas redes sociais e não o de outra empresa? Num ambiente cada vez mais carregado de informação, é preciso aprender a se destacar.
Para isso, a recomendação é ter sensibilidade e bom humor, afirma o especialista Valter Pieracciani. “A estratégia é ter criatividade. Ninguém diz ‘não’ a coisas que forem criativas, sensíveis, bem humoradas. Tem que ter esse toque de boa vibração”, aconselha.
E como saber o que vai chamar a atenção? Segundo Pieracciani o jeito é viver o que o cliente vive. “Se você é sensível, sabe o que seus clientes estão vivendo. Antigamente a gente ouvia o cliente. Agora, é preciso falar via cliente, fazer o que ele faz, sentir o que ele sente. É entrar dentro da roupa dele”, conclui.
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